Por Virgil Walker
Enquanto navegava pelas redes sociais, encontrei um comediante fazendo piada sobre como o Dia dos Pais era o pior feriado do mundo. “O Dia das Mães é o segundo feriado mais comemorado no mundo”, comentou, referindo-se ao valor gasto em cada ocasião. Ele continuou: “Temos o Natal e depois o Dia das Mães. Então, logo após Jesus, você honra sua 'mamãe'”.
“Você sabe em que lugar é classificado o Dia dos Pais?” ele perguntou. “O número vinte”. Enquanto o público ria, começou uma contagem regressiva dos feriados que são mais importantes que o Dia dos Pais.
Curioso com a precisão do comediante, verifiquei os números. Embora ele tenha tomado certa liberdade cômica, ele não estava longe. O relatório de vendas da National Retail Federation mostrou que, em 2020, os americanos gastaram 773 bilhões de dólares em presentes de Natal. O segundo feriado que mais deu presentes foi o Dia das Mães, com 28,1 bilhões de dólares. Em terceiro lugar ficou o Dia dos Namorados, com 27,4 bilhões de dólares. Alguns argumentariam que as mulheres também vencem essa batalha com o foco feminino do Dia dos Namorados. O Dia dos Pais ficaria em quinto lugar, com 17 bilhões de dólares gastos anualmente.
Meu pai não era perfeito; ele seria o primeiro a admitir isso. No entanto, seu valor para mim é mais significativo do que eu jamais poderia gastar financeiramente com ele.
A melhor comédia é sempre forjada na verdade. Então pensei em perguntar: “A quantidade de dinheiro que gastamos em um feriado é uma indicação verdadeira de como valorizamos nossos pais?”
Qual seria um critério sólido para avaliar o valor de um pai no Dia dos Pais?
O Que Gastamos quando os Pais estão Ausentes?
Quando consideramos o dinheiro gasto, dar presentes pode ser uma maneira de examinar o valor que damos aos pais. Outra definição de valor poderia ser determinar a quantia de dinheiro necessária para compensar a ausência do pai em casa.
A National Fatherhood Initiative, sob a direção do agora ex-presidente Roland Warren, divulgou um estudo em 2006 sobre os gastos federais anuais para apoiar lares de pais ausentes. Esta pesquisa, que avaliou 13 programas anti-pobreza testados por recursos e aplicação de pensão alimentícia, foi a primeira desse tipo.
O relatório publicado, The One Hundred Billion Dollar Man, demonstrou que o governo federal gasta US$ 99,8 bilhões compensando lares com pais ausentes. O dinheiro foi gasto em programas como Assistência Temporária para Famílias Necessitadas (TANF), aplicação de pensão alimentícia, programas de alimentação e nutrição, programas habitacionais, Medicaid e Plano de Seguro de Saúde Infantil do Estado (SCHIP). O relatório também observou que, embora a causa da ausência de pais possa surgir de várias razões, as implicações negativas e os resultados estatísticos para as crianças são vastos e de longo alcance. Mesmo assim, o valor de um pai vai além da estabilidade financeira que ele traz para o lar.
A Segurança que um Pai Oferece
Ao avaliar a importância dos pais, a segurança na forma de dinheiro é um fator crucial a ser considerado. A segurança, porém, pode vir de várias formas. Claro, ter um pai em casa pode diminuir a probabilidade de pobreza, mas ter um pai em casa também pode reduzir o nível de raiva e violência que as crianças demonstram quando o pai não está presente.
Estudos indicam que a presença de um pai em casa fornece estrutura e disciplina que uma mãe sozinha não pode proporcionar. Pesquisas posteriores indicam que, mesmo em lares mono-parentais em que o pai é o único responsável pelo cuidado da criança, não há um aumento no comportamento violento em comparação com a mãe solteira.
Quando o comportamento violento está presente, os resultados para as crianças são ruins. Estudos demonstraram que filhos de lares sem pai têm maior probabilidade de cometer crimes, ir para a prisão, enfrentar negligência e abuso e demonstrar problemas comportamentais aumentados devido à ausência do pai. Ter um pai presente em casa traz segurança para toda a família.
A História do meu Pai
Ao contrário das 15 milhões de crianças que vivem em lares sem pai, fui abençoado por ter meu papai como parte regular de minha vida. Para mim, sua presença deu uma estabilidade que, na época, era difícil de quantificar. Veja bem, tê-lo por perto era normal para mim. Nunca experimentei a raiva associada a não saber quem ele era ou o desejo de entender por que ele não estava lá. Sua presença me permitiu aprender muito com meu papai.
A primeira coisa que meu pai me ensinou foi o benefício do trabalho duro. Ele dizia:
“Posso não ser mais inteligente do que o cara ao lado, mas ninguém jamais trabalhará mais duro do que eu”.
Mais do que apenas palavras, esta foi uma instrução sobre como viver.
Meu pai incutiu em mim as virtudes da autodisciplina, uma forte ética de trabalho, alcançar metas e nunca deixar que os outros definam meu valor. Nunca poderei colocar um preço em poder testemunhar seu exemplo em nossa casa.
Meu pai não era perfeito; ele seria o primeiro a admitir isso. No entanto, seu valor para mim é mais significativo do que poderia gastar financeiramente com ele.
Se você cresceu com seu pai, tenho certeza de que também sente o mesmo.
As Escrituras deixam claro que devemos honrar nosso pai e nossa mãe (Ef 6:2). O Dia dos Pais é reservado para homenagear os pais. Cabe a nós garantir que esse seja o melhor dia para o papai.
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Publicado com permissão de G3 Ministries. Você pode ler o original em inglês aqui.
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