Por Lindsay Whitlow
Recentemente, uma parábola me fez parar tudo e começar a refletir. Foi a seguinte:
Qual de vós, tendo um servo ocupado na lavoura ou em guardar o gado, lhe dirá quando ele voltar do campo: Vem já e põe-te à mesa? E que, antes, não lhe diga: Prepara-me a ceia, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois, comerás tu e beberás? Porventura, terá de agradecer ao servo porque este fez o que lhe havia ordenado? Assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer. (Lucas 17:7-10)
Eu sou uma pessoa orientada para metas. Quero terminar algo, riscar da lista e esquecer. Quero acabar com minhas tarefas e depois sentar com uma Coca-Cola Diet para contemplar meu sucesso. Quero concluir aquele projeto para o cliente e nunca mais pensar nele. Mas essa abordagem não parece estar alinhada com a vida para a qual Deus está me convidando. "Terminar e esquecer" não é um lema encontrado nas Escrituras.
Também não é encontrado nas Escrituras o apoio para uma atitude que diz: "Estou trabalhando tão duro e seria realmente bom se alguém notasse e agradecesse, puxasse uma cadeira e me convidasse a relaxar na mesa e me servisse de vez em quando".
Não. Você não é a mestre dessa história. Jesus é o Mestre, e cada nariz que você limpa e cada mesa que você arruma é um ato de serviço para Ele. E a recompensa pela sua fidelidade é a honra de servir ainda mais.
No final daquela festa que você está planejando, quando o último convidado sair, a recompensa pela sua fidelidade será mais trabalho: lavar louça, varrer e esfregar o molho do tapete. No final das férias, quando seus filhos voltarem para a escola, a recompensa pelo seu trabalho árduo de pensar em atividades constantes para eles, dar-lhes lanches e limpar a meleca que eles colocaram nos pequenos caminhões de brinquedo e espalharam pelo pátio todos os dias durante três meses - que é um trabalho enorme - será mais trabalho. Você irá acordar cedo para vesti-los e colocá-los no ônibus (ou carro) e preparar almoços e lavar uniformes e ajudar com o dever de casa até que você alcance a recompensa de mais umas férias.
No final da temporada de plantio - caso você seja da área de jardinagem (o que eu não sou) - depois que a última semente for colocada na terra, a recompensa pelo seu trabalho árduo será MUITO mais trabalho. Porque as ervas daninhas continuarão surgindo, as sementes precisarão de água e até a hora da colheita é pesada. E a menos que você largue sua família no jardim para comer como coelhos na hora do jantar, até o momento de desfrutar da colheita vem com mais trabalho para você.
Fomos feitos para trabalhar duro. E o trabalho duro nunca acaba, de fato. O trabalho duro é na verdade sua própria recompensa. Lembre-se das bem conhecidas palavras de Cristo na parábola dos talentos? "Muito bem, servo bom e fiel! Foste fiel com pouco; eu te darei um dia no spa e um tempo de descanso merecido".
Opa, espera aí.
"O senhor respondeu: 'Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco; eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!" (Mateus 25:21 NVI)
Esse ser colocado "sobre o muito" soa, de forma bem suspeita, como muito mais trabalho. Aleluia. A alegria do Mestre à qual somos convidados é o domínio fiel sobre a terra. Trabalho constante, frutífero e produtivo é um deleite e uma recompensa - uma de que oramos para sermos considerados dignos quando o Mestre retornar.
Você pode estar tentada a pensar que "toda essa conversa sobre trabalho interminável me faz sentir como uma escrava". Bingo. Se isso não te agrada imediatamente, reflita sobre isso até que aceite. Como você tem pensado sobre sua vida? Que tipo de história é essa?
Será que a história da sua família é uma comédia romântica com você sendo a protagonista (óbvio), explorando como você navega a vida como esposa e mãe sem perder “o seu eu interior”, mantendo rituais de autocuidado saudáveis e ainda tendo tempo para seguir seus "sonhos pré-marido e filhos"? Ou é uma imagem de Cristo e da Igreja, na qual você será mais satisfeita e saudável quando se submeter alegremente ao seu papel nessa história (que é muito mais interessante e importante)? No fim do dia, quando você tiver limpado narizes escorrendo, trocado fraldas sujas, aberto 11 picolés e passado 7 das 8 horas em contato físico direto com um bebê de 10 meses, você espera que Deus, seu marido e todos os outros te aplaudam de pé, falem palavras de elogios para você, pessoalmente E TAMBÉM pelo Instagram, e te ofereçam um merecido tempo sozinha? Ou você celebra que "apenas fez seu dever" fielmente e para a glória de Deus?
Enquanto você trabalha, onde você imagina que é a linha de chegada? É se aposentar na Flórida aos 65 anos? É a formatura do ensino médio do seu filho mais novo? É às 17h, quando seu marido chega em casa e você se tranca no banheiro para relaxar?
Mas e se a linha de chegada continuar se movendo? E se for para isso? Como servos fiéis, nosso trabalho nunca está realmente terminado. Sempre para cima e mais adiante, para a glória de Deus. O trabalho gera mais trabalho. O sucesso leva à promoção. A fidelidade convida ao trabalho frutífero, e o processo está sempre em andamento.
Se a ideia de trabalho interminável se estendendo como recompensa para trabalho interminável parece impossível e exaustiva, peça ao Mestre para te fortalecer para tudo isso e para te dar alegria no meio disso. Suas misericórdias são novas todas as manhãs. Peça por novo entusiasmo no privilégio de cooperar com Ele. Reconheça que, no início, Deus não colocou Adão e Eva em um jardim para relaxar e tirar férias, mas para cultivar, multiplicar, encher e dominar. Para trabalhar. Alegre-se com essa honra: a de que você foi confiada uma pequena parte do mundo Dele. Esse é o seu papel na história. Então é melhor você começar a trabalhar.
Artigo traduzido por Éden Publicações e publicado com permissão de Clear Truth Media.
Todos os direitos reservados por Clear Truth Media e Lindsay Whitlow.
Leia o original em inglês aqui.
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