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Por que o Cristianismo é Contra a Esquerda? 5 Razões

Foto do escritor: Rev. Alfredo de SouzaRev. Alfredo de Souza

Por Rev. Alfredo de Souza



Muitos indivíduos que se dizem cristãos também defendem o pensamento de esquerda, seja o progressismo, seja o socialismo, seja o comunismo. Mas isto se apresenta como um contrassenso absolutamente irreconciliável. Não há a menor possibilidade de se defender o santo Evangelho e as falsidades ideológicas do pensamento de esquerda. Isto não significa dizer que o cristão não deva estar sensível ao sofrimento alheio ou que não deva defender ou ajudar aos pobres e injustiçados pelo egoísmo humano, pois as Escrituras Sagradas trazem claramente sobre o que devemos pensar sobre a exploração humana. Eu estou me referindo à ideologia nefasta e demoníaca que tem dominado o coração e a mente de milhões de pessoas, incluindo aqueles que são membros de algumas igrejas que defendem genuinamente o Evangelho de Cristo.


E para provar esta incompatibilidade, trago cinco razões que comprovam esta minha afirmação. Vejamos:

 

1. A esquerda odeia ao Senhor Deus

 

Desde a Revolução Francesa, o pensamento revolucionário manifesta seu ódio contra o Criador. Seja pela influência da modernidade ou pelo desejo de glorificar o homem acima de tudo por meio do humanismo, o esquerdismo sempre demonstrou seu desprezo por tudo que se chama Deus. Basta olharmos a realidade histórica e perceber a implacável perseguição que a esquerda infringiu contra a Igreja de Cristo.


Na França revolucionária, nas ideologias de Comte ou Marx, na perseguição implacável na União Soviética e seus puxadinhos, o desejo de exterminar o povo de Deus é claro e evidente. Por isto, quando um “cristão” defende este sistema obcecado pela destruição do Senhor Deus e sua reputação, na verdade, ele está defendendo a aniquilação dos valores da Lei divina, a adoração ao Deus Criador e a esperança na eternidade.

 

2. A esquerda é uma religião satânica

 

Outro aspecto terrível da esquerda é sua crença de que é possível mudar a natureza humana, seja individual, seja coletivamente, através de sua ideologia. Por isso, todo o seu aparato busca transmutar aquilo que compõe as estruturas básicas da natureza humana. Isto se dá porque a esquerda é uma religião sem Deus, ou melhor, anti-Deus, uma vez que sua divindade é o próprio homem segundo as ideologias construídas por seus teóricos, seus líderes políticos, o estado ou o seu partido político. Se tomarmos, não só a estrutura ideológica, mas também as ações realizadas por líderes de esquerda, veremos esta realidade.


Basta lembrarmos da proposta direta de Rousseau e Comte, ou das afetações morais presente nos textos de esquerda e no culto à personalidade vivenciada nas ditaduras socialistas. Não é à toa que o próprio Marx tomou o proletariado como o redentor da humanidade, um salvador de toda sociedade pelo processo revolucionário. Portanto, quando um “cristão” se diz de esquerda, na verdade ele está inutilmente tentado venerar o Deus da verdadeira religião juntamente com os deuses de uma falsa religião mundana e, ao mesmo tempo, satânica.

 

3. A esquerda parte de uma falsa antropologia

 

O pensamento de esquerda incentiva a mentira como método para a conquista. Só neste ponto podemos afirmar que ela é filha legítima do Diabo ao ferir o nono Mandamento. É neste contexto de falsidade que encontramos a sua antropologia negacionista. Inicialmente vejamos o outro lado. A antropologia cristã afirma que o homem é pecador, ou seja, o mal está em seu interior. É por isto que os reformadores do século XVI consolidaram a doutrina da Depravação Total. E diante desta realidade comprovada pela história humana, a cura para esta depravação também se dá em seu interior pela ação regeneradora do Espírito Santo.


Todavia, a antropologia esquerdista afirma exatamente o contrário. Baseada nas ideologias de Rousseau, para este seguimento o homem é naturalmente bom e inocente. Já a maldade passou a existir a partir do momento em que foi criada a propriedade privada. É por este motivo que para a esquerda, o retorno do homem à sua condição de “santidade” se dará quando a propriedade privada for destruída. Isto, além de afrontar aquilo que o próprio Senhor Deus determinou aos homens: a propriedade privada, o direito à herança e a proibição da cobiça e do roubo; também isenta o homem de seu pecado estabelecendo todo mal como algo que está fora do seu coração e, portanto, promovendo a sua solução também na parte externa deste coração, ou seja, o processo revolucionário destruidor da propriedade privada. Mais uma vez constatamos que alguém que se diz cristão jamais pode defender esta mentira de Satanás que contraria toda a antropologia bíblica revelada pelo Senhor Deus.

 

4. A esquerda destrói as liberdades

 

Como vimos acima, o pensamento de esquerda é uma religião do homem-deus que tenta usurpar o lugar do verdadeiro Evangelho. Neste sentido, se apresenta como um dogma do mal que impõe aquilo que afirmam ser a sua “verdade”. Neste âmbito, não há espaço para qualquer liberdade, pois todos são obrigados a viver a sua falsa moralidade pecaminosa. Historicamente, onde a esquerda se impôs, a liberdade foi destruída, seja totalmente, seja dissimuladamente – como tem sido o caso aqui no Brasil.


A liberdade, conhecida teologicamente como Livre-Agência, foi graciosamente concedida pelo Senhor Deus onde cada um se torna responsável diante da lei por seus atos. Mas a esquerda não consegue viver num ambiente assim, por isto impõe sobre todos sua nefasta ideologia que é absurdamente defendida por “cristãos” que renegam a determinação perfeita de Deus e concordam com sua atuação autoritária.

 

5. A esquerda usa a violência desumanizadora

 

Como a esquerda, tão anti-humana e, principalmente, tão anti-Deus, busca sua preservação em um sistema social? A resposta é clara, por meio da violência brutal! A Revolução Francesa levou cerca de 40 mil ao cadafalso para serem guilhotinados, alguns historiadores afirmam que, em seu contexto geral, próximo de um milhão de pessoas morreram pela ação direta e indireta deste movimento. O sistema comunista iniciado por Lênin e espalhado para várias nações, assassinou de todas as formas cruéis mais de 100 milhões de pessoas. Fome, fuzilamento, decapitação, linchamento, muitas foram as maneiras em que famílias inteiras, principalmente as cristãs, perderam a vida diante deste sistema assassino.


Hoje mesmo a violência simbólica continua como nova roupagem. Cancelamentos, falsas acusações, xingamentos, a esquerda continua utilizando a violência que está enraizada em sua estrutura básica. Agora reflitam, pode um cristão verdadeiro defender ou ocultar esta realidade? Mais uma vez, esta mistura é impossível. Outro ponto importante, toda violência injusta e assassina só ocorre quando há o processo de desumanização da vítima por parte do assassino. Por exemplo, os que defendem o aborto precisam afirmar que o zigoto, embrião ou feto não é um ser humano, portanto, para eles, o aborto não é um assassinato.


O Nazismo, ao matar 6 milhões de judeus, afirmou que estes não eram humanos de verdade, portanto, não se tratava de assassinato, mas de “limpeza” étnica. O mesmo ocorreu com o sistema escravista, os extermínios de guerra etc. Isto também ocorreu na mente doentia dos déspotas de esquerda ao longo da história. Esta foi a desculpa imoral do stalinismo para justificar o período conhecido como o Grande Expurgo. É por isto que diante desta desumanização cruel, torna-se imoral e indecente a defesa deste método por alguém que se diz “cristão”.

 

De fato, há muitas outras razões que poderiam ser colocadas aqui para demonstrar a abissal oposição existente entre o cristianismo e o esquerdismo.


O cristão não pode, de maneira nenhuma, fazer qualquer tipo de concessão por menor que seja, a este sistema ideológico do Inferno.

Assim como uma pequenina mosca põe a perder todo o leite contido em uma jarra, a concessão ao esquerdismo por parte de um que se diz “cristão”, por menor que esta seja, põe a perder todo o Evangelho que ele diz também defender.

 

Para encerrar este pequeno texto, trago aqui as palavras de Marco Frenette: “Nunca houve ‘cristão de esquerda’, porque é um contrassenso. É uma impossibilidade. Há apenas e tão somente esquerdistas que usam o cristianismo como hospedeiro. Ou seja, parasitam a força e o alcance desta religião em prol de uma outra: a religião socialista”.



 

Sobre o Autor: O Rev. Alfredo de Souza possui Bacharelado em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Norte (SPN), Licenciatura Plena em História e Especialização em Relações Fronteiriças pela Universidade Federal de Roraima (UFRR), Mestrado e Doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atualmente exerce o cargo de professor associado, atuando diretamente no Curso de História (CHis) pertencente ao Centro de Ciências Humanas (CCH). No campo da História Cultural, possui interesse sobre a historicidade das práticas de escrita e de leitura religiosas bem como os encontros culturais, construção de identidade, História da Igreja e a conversão ao cristianismo. Tem pesquisado nos últimos anos sobre Religiões Políticas.

 

© Alfredo de Souza, 2024.

Publicado com permissão.


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