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A Maternidade é um Chamado (E Onde seus Filhos Estão no Ranking)

Atualizado: 6 de mai. de 2024

Por Rachel Jankovic


Há alguns anos, quando eu tinha apenas quatro filhos e quando o mais velho ainda tinha três anos, carreguei todos eles para dar uma caminhada. Depois que a última mamadeira encontrou um lugar e estávamos prontos para ir, minha filha de dois anos se virou para mim e disse: “Uau! Você está com as mãos cheias!”.

Ela poderia muito bem ter dito: “Você não sabe o que causa isso?” ou “São todos seus?”!

Onde quer que você vá, as pessoas querem falar sobre seus filhos. Porque você não deveria tê-los, como você poderia tê-los evitado e por que elas nunca fariam o que você fez. Elas querem garantir que você saiba que não estará mais sorrindo quando eles forem adolescentes. E elas dizem tudo isso na fila do mercado enquanto seus filhos estão ouvindo.


Um Trabalho de Fundo do Poço?

Anos atrás, antes mesmo desta geração de mães ter nascido, nossa sociedade decidiu onde as crianças estavam na lista de coisas importantes. Quando o aborto foi legalizado, nós o escrevemos na lei.

As crianças estão muito abaixo da faculdade. Abaixo de viajar pelo mundo. Abaixo da vida noturna. Abaixo do físico. Abaixo de uma carreira. Na verdade, as crianças estão abaixo do seu desejo de sentar-se e mexer nos seus dedos dos pés, se é isso que você quer fazer. Abaixo de tudo. Crianças são a última coisa que você deve passar seu tempo fazendo.


Se você cresceu nesta cultura, é muito difícil obter uma perspectiva bíblica sobre a maternidade.

O quanto damos de nossos ouvidos às verdades parciais e meias mentiras? Será que acreditamos que queremos ter filhos porque existe algum impulso biológico, ou um “chama neném” fantasmagórico? Estamos realmente nisto por causa de roupas bonitas e oportunidades para fotografias? Será que a maternidade é um trabalho do fundo do poço para aquelas que não podem fazer mais, ou para aquelas que são saciadas com trabalhos enfadonhos? Em caso afirmativo, o que estamos pensando?


Não é um Hobby

A maternidade não é um hobby, é um chamado. Não se coleciona filhos porque pensamos que são mais bonitos que selos. Você não cria filhos se você puder arrumar um tempo. A maternidade é o que Deus lhe deu tempo para fazer.

As mães cristãs carregam seus filhos em um terreno hostil. Quando você está em público com eles, você está de pé ao lado e defendendo os objetos de desgosto cultural. Você está testemunhando publicamente que valoriza o que Deus valoriza, e que se recusa a valorizar o que o mundo valoriza. Você está com os indefesos e em frente aos necessitados. Você representa tudo o que nossa cultura odeia, porque você representa dar sua vida por outra - e dar sua vida por outra representa o evangelho.

Nossa cultura teme a morte. Dar sua própria vida, de qualquer forma, é aterrorizante. Estranhamente, é esse medo que move a indústria do aborto: o medo de que seus sonhos morram, de que seu futuro morra e de que sua liberdade morra. Abortar é tentar escapar dessa morte, correndo para os braços da morte.


Corra para a Cruz

Mas os cristãos devem ter um paradigma diferente. Deveríamos correr para a cruz. Para a morte. Portanto, renuncie suas esperanças. Renuncie seu futuro. Renuncie seus pequenos aborrecimentos. Renuncie seu desejo de ser reconhecida. Renuncie sua irritação com seus filhos. Renuncie sua casa perfeitamente limpa. Renuncie suas queixas sobre a vida que você está vivendo. Renuncie a vida imaginária que você poderia ter por si mesma. Renuncie tudo isso.

A morte para si mesma não é o fim da história. Nós, entre todas as pessoas, deveríamos saber o que acontece após à morte. A vida cristã é uma vida de ressurreição, uma vida que não pode ser contida pela morte, uma vida que só é possível quando se foi até a cruz e voltou.

A Bíblia é clara sobre o valor das crianças. Jesus as ama, e nos é ordenado que as amemos, que as criemos na admoestação do Senhor. Temos que imitar a Deus e ter prazer em nossos filhos.


A Questão é “Como?”

A questão aqui não é se você está representando o evangelho, mas como você o está representando. Você entrega sua vida a seus filhos com ressentimento? Você contabiliza tudo o que faz por eles como um agiota que fala das dívidas? Ou você lhes dá a vida da maneira que Deus nos dá - livremente?

Não é suficiente fingir, embora você possa enganar algumas pessoas. Uma pessoa na fila da loja pode acreditar em você quando você engessa um sorriso falso, mas seus filhos não. Eles sabem exatamente qual a posição deles no seu ranking. Eles sabem as coisas que você estima acima deles. Eles sabem tudo o que você se ressente e guarda contra eles. Eles sabem que você fingiu uma resposta alegre para aquela senhora, apenas para sussurrar ameaças ou ladrar contra eles no carro.

As crianças sabem a diferença entre uma mãe que está protegendo seu rosto contra um estranho e uma mãe que está defendendo a vida de seus filhos com seu sorriso, seu amor e sua lealdade absoluta.


Mãos Cheias de Coisas Boas

Quando minha filhinha me disse: “Suas mãos estão cheias!”. Fiquei muito grata que ela já sabia qual seria minha resposta. Era a mesma que eu sempre dou: “Sim, elas estão cheias de coisas boas!” Viva o evangelho nas coisas que ninguém vê. Sacrifique-se pelos seus filhos em lugares que só eles saberão. Ponha o valor deles à frente do seu. Faça-os crescer no ar puro da vida evangélica. Seu testemunho do evangelho nos pequenos detalhes de sua vida é mais valioso para eles do que você pode imaginar. Se você lhes falar o evangelho, mas viver para si mesma, eles nunca acreditarão nele. Dê sua vida pela deles todos os dias, alegremente. Renuncie a mesquinhez. Renuncie a irritação. Renuncie ressentimentos sobre os pratos, sobre a roupa suja, sobre como ninguém sabe o quanto você trabalha duro.

Pare de se agarrar a si mesma e agarre-se à cruz. Há mais alegria e mais vida e mais risos do outro lado da morte do que você pode carregar sozinha.


 

(Esse texto é um capítulo e foi extraído do livro "Mãe o Bastante", organizado por Tony e Karalee Reinke, com capítulos de Gloria Furman, Carolyn McCulley, Rachel Jankovic e outras. Você pode comprar o livro aqui. )

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