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3 Erros para se Evitar em Sermões sobre Política

Foto do escritor: J. Chase DavisJ. Chase Davis

Por J. Chase Davis


Então você quer pregar sobre política? Bem-vindo ao clube.


Isso está muito em alta em ano de eleições. Talvez você esteja fazendo isso porque sente que deve, ou talvez esteja ansioso para fazê-lo. Mas a maioria dos pastores com quem converso está nervosa, pois teme cometer erros. Eles sabem que, se falarem sobre “esse tópico”, provavelmente receberão críticas por e-mail na segunda-feira de manhã. Eles não querem alienar as pessoas desnecessariamente, mas querem alimentar seu rebanho biblicamente nessa área.


Deixe-me oferecer três erros para se evitar ao pregar sobre política.


1. Não compare, sob nenhuma circunstância, Jesus entregando sua vida por nós como justificativa para que os cristãos abdiquem de seus direitos.

Quando Jesus foi para a cruz como sacrifício propiciatório pelo pecado, Ele o fez salvificamente e com a intenção de ressuscitar, conquistando o pecado, Satanás e a morte. Conquanto Jesus "abdicou de seus direitos temporariamente", sua ascensão restaurou esses direitos e muito mais, permitindo que Ele governasse eternamente como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.


Afirmar uma equivalência entre o exemplo de Cristo em Sua morte, comumente entendido como Christus Examplar, e a necessidade de os cristãos sempre abdicarem de seus direitos terrenos é uma tolice e um discurso vago. Os cristãos devem estar preparados para pensar sobre como preservar seus direitos dados por Deus. Sua imaginação política não deve ser restringida pela aplicação incorreta da morte sacrificial de Cristo como um tipo de padrão para que todos os cristãos em todos os lugares nunca exerçam poder político. Nunca se sugeriria isso a cristãos vivendo sob o comunismo, por exemplo, e não deveria ser sugerido em uma sociedade mais democrática também.


2. Não confunda o reino terreno e o reino espiritual.

Muitas vezes, os cristãos são enganados ao pensar que, porque Jesus disse: “meu reino não é deste mundo”, são, portanto, obrigados a não ter qualquer senso de dever ou lealdade ao seu país. Quando Jesus falou isso, Ele não estava insinuando que as nações da terra, ou reinos terrenos, são de alguma forma irrelevantes, mas que seu poder e autoridade vêm do céu. Ele estava falando da autoridade do Reino de Deus sobre os reinos do homem, não insinuando que os reinos do homem não importam.


Retorcer as Escrituras dessa forma colocaria a Escritura contra a Escritura quando Jesus nos ensinou a orar: “venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade assim na terra como no céu”.


Um erro na direção oposta seria misturar os reinos terreno e espiritual como se fossem a mesma coisa. Na maior parte das vezes hoje, é assim que os cristãos são ensinados a pensar sobre questões como imigração, na qual eles sentem uma preocupação divina com aqueles que estão em necessidade. Assim, os pastores justificam programas sociais do governo para abordar essa preocupação. Isso é incrivelmente prejudicial. Sim, a igreja deve cuidar dos pobres, mas isso não significa que o Estado deve adotar esse mandato através de assistência governamental.


Pregadores devem permanecer firmes em seu papel em relação ao cuidado espiritual das almas em seus rebanhos e não se desviar para integrar políticas esquerdistas de imigração em nome de “amar o próximo”.


3. Não faça do evangelismo sua principal preocupação.

Muitos pastores concebem falsamente a si mesmos como missionários em primeiro lugar. Todos estamos familiarizados com as histórias de cristãos em países fechados ou missionários em campos estrangeiros onde devem pensar de forma astuta e agir com prudência.


Mas os cristãos na América não vivem em um país fechado. Embora você possa pastorear em um contexto que seja mais esquerdista do que outros, o que é muito comum em áreas metropolitanas urbanas, seu trabalho na pregação não é principalmente evangelismo.


Seu trabalho é proclamar a Palavra para equipar os santos para a obra do ministério.


Quando os pastores sucumbem à "camisa de força" de ser um missionário e evangelista em primeiro lugar, inevitavelmente adotam um tom mais adaptado para os perdidos do que para os salvos. Isso os leva a ignorar ou suavizar o ensino bíblico claro sobre questões como sexualidade ou, pior, tentar agradar os esquerdistas fazendo críticas baratas aos conservadores para não alienar os esquerdistas.


Conclusão

Os pastores ocupam uma posição única e significativa no cenário político, um papel que vem com grande responsabilidade e o potencial de causar um impacto profundo. A esquerda está bem ciente disso, como demonstrado por seu apetite em capturar instituições e líderes cristãos para redirecioná-los a suas causas. Se você é um pastor e vai falar politicamente, certifique-se de que seu rebanho seja alimentado e equipado: (1) evite usar Jesus para justificar os cristãos não tomarem ação política, (2) confundir o reino terreno com o celestial, e (3) fazer do evangelismo sua principal preocupação.


Ao evitar essas armadilhas, os pastores podem guiar suas congregações sem comprometer a verdade bíblica nem defender políticas que vão contra a Palavra de Deus.


 

© J. Chase Davis, 2024.

Publicado com permissão. Texto publicado originalmente em: 


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